Santa Casa da Misericórdia de Chaves

 

No Dia de S. Valentim os afetos e a partilha de emoções tomaram conta da instituição   

 

A Santa Casa da Misericórdia de Chaves celebrou o amor juntos dos utentes da instituição. No Dia dos Namorados, dia dedicado aos afetos, os esposos dos utentes institucionalizados participaram num lanche especial, com música ao vivo e partilha de muitos afetos.

O momento serviu para se trocarem mensagens, gestos de carinho e até tirar fotos enquadrados num enorme coração.

Através da elaboração da árvore das mensagens do amor a ação integrada no Plano de Atividades da instituição, dinamizada pela equipa de Animação Sociocultural serviu para estimular as relações de afeto, enquanto meio de partilha de emoções, proporcionando momentos lúdicos e recreativos.

Os acordes da guitarra do animador sociocultural Dinis Martins serviram de ambiente para um lanche especial onde não faltaram as rosas.

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Recordar memórias e partilha de emoções

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O gosto pela dança uniu-os. Belmiro Rodrigues, de 87 anos, utente no Lar Nossa Senhora da Misericórdia ainda deu um pezinho de dança com a esposa Alda Rodrigues.

“Não perdíamos um baile”, disse Alda lembrando, com saudade, das verbenas, em Chaves, “estávamos sempre prontos para ir”.  

Hélder da Cunha, de 96 anos, recordou que foi através de trabalhos agrícolas que conheceu o “amor” da sua vida, como o próprio definiu e foi com “uma carta de amor” que lhe pediu namoro. “Ía trabalhar para perto da casa dela e um dia ganhei coragem e escrevi-lhe uma carta”, contou. Ao fim de dois anos casaram-se. Maria Júlia, conta com 98 anos e encontra-se um pouco mais debilitada, mas não hesita ao afirmar “é um bom marido. É muito companheiro e só ele me conhece bem".

Apesar da idade avançada, os gestsos de carinho continuam a unir o casal que está junto há mais de meio século. Dizem que não há segredo para uma união tão longa. “É pensar que se casamos é para nos darmos bem. Sempre houve respeito e paciência. E nunca faltou o amor. Se não houver amor um para o outro, não há nada”, concluiu Hélder.

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Sandra Gonçalves​